

Nossa História
Certo dia fui a um trabalho de Umbanda. O local do culto não era em um terreiro e sim em uma casa. Fui ver como era, impulsionado pela curiosidade, pois todo mundo falava nisto em meu grupo de amizades. Chegando lá fui recebido muito bem. As pessoas eram simples, de muita boa vontade. A casa era emprestada por uma pessoa que acreditava nas entidades. Para mim tudo era desconhecido. Chegando a minha vez de tomar o “tal do passe”, confesso que fiquei um pouco nervoso. A entidade me mandou sentar no banquinho. Ela bebia, fumava e falava muito mal: eu quase não entendia nada. Porém uma coisa ficou gravada em minha memória :
- FILHO UM DIA VOCE IRA TRABALHAR COM ESTE CAVALO.
Resumindo: Fui cambone daquele CAVALO* por sete anos.
Ao término deste período de aprendizagem, recebo a missão de montar uma casa. As dificuldades eram muitas (falta de um local adequado, pessoas para auxiliar, disponibilidade de horário, etc.), mas com a ajuda das entidades, a ideia ganhou forma. Saí da casa (à qual serei eternamente grato pelo imenso aprendizado) sem saber que era médium de incorporação.
Me afastei da religião. Passado algum tempo, fui a uma reunião de mesa branca (Kardec) onde, pela primeira vez se apresentou o Baiano das 7 Luas, esta manifestação trouxe gratas emoções e confirmou minha real vocação. Depois de algum tempo, comecei a trabalhar sozinho em minha residência. O espaço ficou pequeno. Saí de lá e fui atender em outro espaço: a casa de minha Mãe, local aconchegante porém continuava “improvisando”.... o lado positivo foi que o Caboclo Ubiratan e o Pai Jerônimo começaram a organizar a corrente mediúnica. A casa começou a tomar forma. Muitos entraram e poucos saíram. Com a entrada de vários médiuns e cambones o espaço começou a ficar pequeno. Mais uma vez fui abençoado pelos mentores, que me orientaram a procurar um local maior. Em abril de 2007, inauguramos este espaço no qual estamos atualmente, e atendendo à sugestão do Caboclo, o Templo passou a ser conhecido como: “Templo de Umbanda Caboclo Ubiratan e Pai Jeronimo".
Enquanto a vontade Divina entender que sou merecedor de ocupar este espaço, aqui estarei. Sempre trabalhando em nome de uma força maior e amparado pelos guias e orixás.
Axé !!!
* Antiga forma de denominação do médium incorporante. Significa um “veículo” para o guia. Cavalo, burro, etc.
